segunda-feira, 14 de julho de 2008

chips nas matriculas



Um grupo de trabalho está a estudar a hipótese da introdução de um «chip» em cada matrícula de veículos motorizados.Este artefacto electrónico funcionaria como uma espécie de identificador que permitirá solucionar vários problemas de uma só vez. Com esta tecnologia, não só seria possível introduzir mais facilmente a cobrança de portagens nas auto-estradas, nomeadamente naquelas que não estão preparadas para receber portagens físicas (caso das Scut), como no futuro o próprio controlo de velocidade por parte da polícia passaria a ser muito mais simples.Para já, o Governo ainda não avança com prazos mas garante que é algo que está a ser encarado como uma alternativa séria aos actuais sistemas de controlo de tráfego.Sobre a cobrança de portagens nas auto-estradas em regime Scut (sem custos para o utilizador), mais concretamente nas auto-estradas do Grande Porto, da Costa de Prata e do Norte Litoral, o Ministério das Obras Públicas assegura que, até ao final deste ano, o assunto estará resolvido. Embora Mário Lino afirme que a hipótese das matrículas com identificadores electrónicos é apenas uma hipótese entre várias, o Expresso soube que pode vir a revelar-se a mais simples e eficaz.A ideia consiste em determinar que cada proprietário tem um identificador electrónico associado à matrícula. Assim, de cada vez que passar numa portagem (seja ela física ou virtual), tem uma de três opções: ou desconta automaticamente na conta bancária, como acontece actualmente com os subscritores da Via Verde, ou pré-compra determinado montante em passagens, no multibanco ou na Internet, ou, finalmente, tem um prazo curto para efectuar o pagamento «a posteriori».“Não será por falta de soluções tecnológicas que as Scut irão ficar sem portagens”, disse ao Expresso o ministro. No entanto, vários técnicos de sistemas de informação pensam que cinco meses é um prazo demasiado curto para se resolver um problema desta dimensão.O que pode eventualmente atrasar o processo é a renegociação dos contratos de concessão com os consórcios que actualmente exploram as Scut. O ministro admite vir a criar um contrato-tipo para aplicar no futuro a qualquer situação semelhante.Mário Lino não o reconhece formalmente, mas isto pode querer dizer que o Governo admite vir a renegociar as concessões de mais Scut, prolongando os prazos, o que poderia significar um certo alívio nas contas do Estado.


4 comentários:

Carlos Monteiro disse...

De facto este processo de chips nas matrículas de viaturas, pode vir a revelar-se um processo mais simples e eficaz.
Mas o que me está a preocupar é que Mário Lino teima em colocar portagens na A17. Aliás o que já acontece neste novo traçado recentemente inaugurado. Os argumentos do senhor ministro constituem uma falácia na medida em que são puramente demagógicos. O que ele pretende, ao apresentar os estudos feitos à sua medida por “empresas amigas”, é calar o leque de protestos para depois, em seguida, levar o seu plano, sem se desviar um milímetro da sua rota puramente economicista, que aumentará consideravelmente as assimetrias sociais e de distribuição de riqueza. Embora Mário Lino não compreenda, a questão tem a ver com a actividade turística por parte das regiões já de si desfavorecidas, ou seja, as regiões deixarão de ser atractivas do ponto de vista turístico se, para se chegar até elas, os potenciais visitantes tiverem que pagar portagens. Uma coisa é a região do Algarve que, com créditos firmados além fronteiras (praias, Zézé Camarinha, ente outras atracções turísticas), constitui uma atracção para nacionais e estrangeiros, não se importando os visitantes de pagar as portagens da A2 (até porque a via alternativa – IC1 - é mesmo uma verdadeira alternativa). Outra coisa pretende-se com o facto de regiões desfavorecidas, como a nossa, que se querem afirmar no mercado turístico (e produtivo), de forma a melhorar os seus índices de desenvolvimento social e humano, se verem confrontadas com uma barreira artificial (as portagens) que vão dificultar a já de si difícil afirmação no panorama turístico. Ajudas destas são dispensáveis. Já que os senhores governantes em nada contribuem de positivo para o desenvolvimento equilibrado e harmonioso do nosso concelho, então, pelo menos, estejam quietos, não façam nada, fiquem tranquilos e não dificultem ainda mais as coisas: o povo agradece e até aplaude!
Podemos no entanto perguntar, quais são as vias de circulação alternativas à A17. E como têm evoluído as concessões rodoviárias desde 2003? São perguntas para as quais são necessárias respostas urgentes e que carecem de uma análise mais aprofundada do que a mensagem que quis fazer passar com este comentário. Mas não as podia deixar de levantar. Porque são demasiado importantes para que, nesta área, não se hipoteque (ainda) mais o futuro do nosso Concelho – e as futuras gerações não sejam ainda mais sobrecarregadas.

Anónimo disse...

Não sei o que é que este assunto tem a ver com a nossa terra (quer dizer... tem, mas indirectamente).
Mas acho que é de comentar, porque pelo andar da carruagem qualquer dia pagamos portagens só de irmos da Praia até Mira.
Eu sei que o país está a viver uma crise financeira sem solução aparente, mas fazer do trabalho das pessoas que mais dão riqueza ao país a solução para todos os problemas é que já não acho que seja solução. Pois, porque aos "ricos" estas medidas não afectam, afectam sim à classe trabalhadora.

Peço desculpa por me desviar um pouco do assunto e não ter falado no tal chip mas passou-me uma coisinha má pela cabeça e deu-me para isto.

Anónimo disse...

Começamos com alhos e terminamos com bugalhos.
É como diz o anónimo de 16 de Julho de 2008 13:55
Não sei o que isto tem a ver com a nossa terra.
Decidam-se sobre o que escrever no blog, ou sou eu que estou errado e pensava que aqui se ia debater os problemas da terra?

Unknown disse...

Parece-me uma grande falácia o que pretende o Sr. Mário Lino, na medida em que como sempre pretende repercutir todas as despesas nos mesmos de sempre, os consumidores. Arranjando um sistema que seguramente será instalado por uma empresa de inegável competência...
Mas a minha principal preocupação não é essa, apesar de ser um elemento de uma forca de segurança, não desejo viver em um estado policial em que todos os meus movimentos rodoviários são constantemente seguidos na tentativa de resolver problemas criados pelos nossos governantes.
Se não estou em erro as concessionárias no contrato de concessão tinham de ter meios de controlo de tráfego, porque todos os proprietários vão ser penalizados pelo incumprimento dessas mesmas concessionárias? Porque não colocam antes um sistema de contagem de passagens nos acessos das mesmas?
Na minha modesta opinião o que eles pretendem é uma outra coisa bem diferente, o máximo controle possível das viaturas que circulam em contravenção, sem imposto de selo liquidado, falta de inspecção periódica, falta de seguro obrigatório, etc. Sem falar numa tentativa de parar esse crime crescente que é o "carjacking", mas a que preço tudo isto? Pelos vistos de mais um pedaço da nossa liberdade...